De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit), o Brasil possui a maior cadeia produtiva integrada do Ocidente, produzindo das fibras às confecções. Emprega aproximadamente 1,7 milhão de pessoas, o que representa, respectivamente, 13,15% dos postos de trabalho e cerca de 5,7% do valor total da produção industrial de transformação , . Segundo a empresa especializada em pesquisas para o setor têxtil, Gherzi , em 2020, o mercado global de têxteis e confecções deve atingir US$ 1,7 trilhão contra US$ 1,5 trilhão, em 2014. A projeção mostra aumento do consumo per capita de fibras têxteis e de roupas, especialmente nos países emergentes. As empresas do setor têxtil e de confecção no Brasil estão distribuídas em toda a sua extensão, em algumas regiões mais concentradas e identificadas como polos têxteis. O crescimento da população, bem como a clara relação com o crescimento do PIB aumentou o consumo de fibras têxteis em 13%, desde a década de 1970. Em sintonia com o crescimento da indústria está o varejo de moda no Brasil, que deve crescer de 1% a 2% ao ano, nos próximos anos .
As perspectivas de desenvolvimento e crescimento do setor diante de um cenário econômico e político incerto, que ora recua, ora avança, reforça a importância de prepararmos o setor produtivo nacional com qualidade, para favorecer seu crescimento, além de suprir uma defasagem deste profissional no mercado de trabalho.
Na cadeia produtiva, o Modelista é o profissional que faz a ligação entre os setores de criação e produção das peças do vestuário. A partir dos seus conhecimentos e da habilidade de interpretação dos modelos, desenvolve modelagens para peças do vestuário com estruturas que primam pela vestibilidade e beleza. Nos ateliês, produz peças sob medida para os consumidores. No mercado profissional, são valorizados os profissionais críticos, focados na excelência de caimento e vestibilidade da roupa. Pode, ainda, exercer o ofício sem sair de casa ou atender a domicílio. Para quem pretende ingressar na profissão ou já está atuando é, portanto, imprescindível investir em qualificação, uma vez que, além das técnicas de modelagens, é necessário se relacionar com clientes e fornecedores, visando atender a diferentes demandas, com foco em resultados, com qualidade e sustentabilidade.
O Modelista é o profissional que projeta e modela peças do vestuário masculino e feminino em tecido plano, de acordo com estrutura, caimento e sentido do fio dos tecidos, instruções especificadas na ficha técnica para elaboração de moldes, bem como ergonomia do corpo e vestibilidade da peça, visando à qualidade e ao conforto do produto final.
Atua como autônomo ou empregado na indústria da confecção ou ateliês de costura. Relaciona-se com clientes, fornecedores e profissionais de criação, corte e produção, contribuindo para o trabalho em equipe, a satisfação e a fidelização do cliente.
O profissional Modelista, formado pelo Senac, tem como Marcas Formativas: domínio técnico-científico, visão crítica, colaboração e comunicação, criatividade e atitude empreendedora, autonomia digital e atitude sustentável, com foco em resultados. Essas Marcas reforçam o compromisso da Instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sobre sua capacidade de transformação da sociedade.
A ocupação está situada no eixo tecnológico Produção Cultural e Design, cuja natureza é “criar” e pertence ao segmento Moda.
Competências
- Projetar e modelar peças do vestuário feminino e masculino.
- Montar e adequar modelagens femininas e masculinas.
- Realizar gradação de moldes femininos e masculinos.
De acordo com a legislação educacional em vigor, é possível aproveitar conhecimentos e experiências anteriores dos alunos, desde que diretamente relacionados com o Perfil Profissional de Conclusão do presente curso.
O aproveitamento de competências anteriormente adquiridas pelo aluno, por meio da educação formal, informal ou do trabalho, para fins de prosseguimento de estudos, será feito mediante protocolo de avaliação de competências, conforme as diretrizes legais e orientações organizacionais vigentes.
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos:
• ser diagnóstica: averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu domínio de competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente;
• ser formativa: acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar à outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário;
• ser somativa: atestar o rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se ele está apto a receber seu certificado ou diploma.
1. Forma de expressão dos resultados da avaliação
Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso).
As menções adotadas no Modelo Pedagógico Senac reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo.
De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem.
1.1. Menção por indicador de competência
A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são:
Durante o processo
• Atendido - A
• Parcialmente atendido - PA
• Não atendido - NA
Ao término da Unidade Curricular
• Atendido - A
• Não atendido - NA
1.2. Menção por Unidade Curricular
Ao término de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional, Prática Integrada ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na Unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são:
• Desenvolvida - D
• Não desenvolvida – ND
1.3. Menção para aprovação no curso
Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolvida) em todas as Unidades Curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada).
Além da menção D (desenvolvida), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas.
• Aprovado - AP
• Reprovado - RP
2. Recuperação
A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.
O estágio tem por finalidade propiciar condições para a integração dos alunos no mercado de trabalho. É um “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos” (Lei n° 11.788/08).
Conforme previsto em legislação vigente, pode integrar ou não a estrutura curricular dos cursos. Será obrigatório quando a legislação que regulamenta a atividade profissional assim o determinar.
Nos cursos em que não for obrigatório, pode ser facultada aos alunos a sua realização, de acordo com a demanda do mercado de trabalho. Desenvolvido como atividade opcional, a carga horária do estágio é apostilada ao histórico escolar do aluno.
No presente curso, o Estágio não é obrigatório.
O desenvolvimento dessa oferta requer docente com experiência profissional comprovada na área de modelagem de vestuário feminino e masculino, com formação em nível médio e/ou superior na área de moda, como Design de Moda (Estilismo e Modelagem), Especialização em Modelagem, ou, ainda, Técnico de Nível Médio em Modelagem, com experiência de, no mínimo, 6 meses na área de Modelagem e Costura, preferencialmente com experiência em docência.